Um grito
e a cidade pára.
O som agonizante
espalha o pânico.
No ar, o espanto.
O medo
arma a couraça do silêncio.
O assombro
desce o véu do esquecimento.
A cidade retoma seu movimento,
a indiferença.
Com olhares no chão
todos vão.
A vida segue
pelos vãos.
A vida segue
pelos vãos.
No quarto escuro,
a voz embargada,
o coração descompassado,
soluços engolidos,
inaudíveis.
A platéia aplaude.
Cai o pano.
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2 comentários:
um ensaio da poesia meta-urbana. muito bom voltar à essa nossa poesia marginal em que nós nos lemos e relemos. grande beijo.
beijo, Vital!
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