Enquanto eu te esperava
tinha a alma seca e
os olhos cerrados
na areia do deserto.
A dor me obrigava a algum movimento
para aliviar o desconforto.
Tão sábia essa dor,
que, num espasmo,
me fez abrir os olhos.
E ao vê-la em convulsão,
chorei.
As lágrimas inundaram minha alma
e num suspiro,
meu coração reviveu.
A dor se foi na correnteza.
Onde era deserto,
hoje sou jardim.
foto: Ugo Perissinotto
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