terça-feira, 30 de março de 2010

O Envelhecimento e a Morte


(foto minha, feita no orquidário que visitei, perto da chácara do João, meu irmão.)

não representa exatamente a idéia do texto, mas reflete o que senti no momento da foto, sobre raízes antigas e o acolhimento. O que temos que aprender pra viver e morrer, compreendendo esse ciclo.
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" Segundo a psicologia budista o envelhecimento e a morte, iniciam-se no instante após o nascimento. Assim como um fim de um incenso inicia-se no momento em que ele é aceso, morremos, porque nascemos. Morremos da maneira como vivemos. O modo como levamos a vida condiciona a maneira como iremos morrer.

Certa vez Lama Gangchen Rinpoche nos disse: "Se usássemos a palavra renascimento no lugar de morte, grande parte de nossos problemas em relação ao processo de morrer já estariam resolvidos. Não diríamos fulano morreu hoje, mas fulano acaba de renascer...". Desta forma, a medida em que aprendemos a ver a morte como uma transição da vida, podemos igualmente reconhecer a força da presença de vida surgindo após a morte.

Nunca me esqueço o dia em que junto com o Pete, machadei pela primeira vez uma árvore: era um longo coqueiro que já estava morto há anos. Sentir a força do embalo do machado cortando o tronco, desperta foco e determinação: um ótimo exercício quando precisamos aumentar a nossa força de vontade... Mas o grande aprendizado surgiu depois que o coqueiro caiu no chão e o Pete o cortou ao meio. No interior do seu tronco morto havia uma grande quantidade de húmus: um adubo de excelente qualidade. Os olhos do Pete brilharam. Eu apenas pensei: "Há vida na morte!"


Extraído do Livro "Mania de Sofrer" de Bel Cesar, Editora Gaia

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Um comentário:

dani carrara disse...

que lindo. linda foto, a luz do sol...poxa mto bela..